Investigação

BEM-VINDO À INVESTIGAÇÃO

Os investigadores e docentes da FPUL desenvolvem investigação fundamental e aplicada em diversos domínios da psicologia.

Vários projetos de investigação em curso são financiados por agências nacionais e internacionais, incluindo Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), Fundação BIAL, e European Reseach Area (ERA) – Comissão Europeia. Os seus resultados são divulgados sob a forma de publicações e apresentações em eventos científicos. Para que o público e a comunidade conheçam estes resultados, a FP organiza e participa regularmente em atividades de disseminação como a Futurália, Verão na ULisboa e Dia Aberto da FP. Estão também disponíveis vídeos curtos sobre estas investigações.

A investigação realizada tem um impacto direto em vários sectores, promovendo o diálogo entre a academia e outras entidades públicas e privadas. A FP tem parcerias com instituições como DECO, Academia Militar, Câmara Municipal de Lisboa e Hospital de Santa Maria. Mantém colaborações ativas com diversas universidades (University College London, Universidade livre de Bruxelas, Universidade de Heidelberg, Max Planck Institute-Nijmegen, Washington University in St Louis, Indiana University, entre outras) e participa em redes como ESCON- European Social Cognition Network, ACT, Violence Prevention Office, APS e UNESCO Chair Lifelong Guidance & Counseling.

Todo o trabalho de investigação é desenvolvido em estreita colaboração com a docência e formação avançada. A FPUL é membro fundador do Colégio Mente-Cérebro financiado pela ULisboa e dos seus programas doutorais em Ciência Cognitiva e Neurociências Integrativas (NeurULisboa, financiado pela FCT). É também membro dos programas doutorais em Psicologia Social (LiSP) e em Migrações com financiamento FCT.

I & D

CICPSI

Colégios da ULisboa

Redes da ULisboa

Apoio à Investigação e Inovação

Pós-Doutoramento

Comissão de Ética e Deontologia

Recursos

Transferência de conhecimento

Pós-Doutoramento

A Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa acolhe investigadores doutorados para a realização de programas de pós-doutoramento. Os investigadores pós-doc contribuem significativamente para o desenvolvimento de projetos de investigação, para a produção científica da Faculdade, bem como para o estabelecimento de redes de colaboração com parceiros nacionais e estrangeiros. A Faculdade oferece as condições necessárias para o desenvolvimento do programa de trabalhos e promove a formação avançada destes investigadores.

O programa individual de pós-doutoramento tem a duração mínima de um ano e pode ocorrer no quadro de (1) bolsas individuais da FCT ou outras instituições, atribuídas a pessoas com o grau de doutoramento para realizarem investigação supervisionada por docente ou investigador da Faculdade de Psicologia; (2) projetos de investigação, financiados ou não, no contexto dos quais se realizará o programa de investigação proposto. O programa de trabalhos deve ser estabelecido em ligação direta com as atividades de ensino e de investigação da Faculdade de Psicologia. A Faculdade incentiva e apoia a candidatura a fontes de financiamento de potenciais investigadores pós-doc.

Regulamento

A Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa acolhe investigadores doutorados, portugueses e estrangeiros, para a realização de programas de pós-doutoramento. O acolhimento destes doutorados constitui um importante recurso para o desenvolvimento de projetos de investigação, para a produção científica da Faculdade de Psicologia, bem como para o estabelecimento de redes de colaboração com parceiros nacionais e estrangeiros. O presente regulamento baseia-se no Regulamento de Estudos Pós-Graduados da Universidade de Lisboa (Despacho n°4624/2012) e pretende estabelecer um conjunto de princípios e procedimentos relativos à realização de programas individuais de pós-doutoramentos na Faculdade de Psicologia.

Entende-se por programa individual de pós-doutoramento um programa de investigação com a duração mínima de um ano, que pode ocorrer nas seguintes situações: (1) no quadro de bolsas individuais da FCT ou outras instituições, atribuídas a pessoas com o grau de doutoramento para realizarem investigação supervisada por docente ou investigador da Faculdade de Psicologia; (2) no quadro de Iinhas de investigação, financiados ou não, no contexto do qual se realizará o programa de investigação proposto.

  1. A aprovação de um programa de pós-doutoramento é feita a título individual, pelo conselho científico da Faculdade de Psicologia, com base numa proposta apresentada pelo candidato e no parecer científico do professor ou do investigador doutorado que supervisionará os trabalhos. A proposta deverá incluir os objetivos científicos, o plano de trabalho e os resultados esperados.
  2. A realização do programa de pós-doutoramento será autorizada pelo diretor da Faculdade de Psicologia.
  3. Podem supervisionar pós-doutoramentos professores e investigadores da Faculdade de Psicologia cujo curriculum seja adequado ao domínio em que os programas de pós-doutoramento se situem.
  4. O programa de pós-doutoramento deve ser estabelecido em ligação direta com as atividades de ensino e de investigação da Faculdade de Psicologia, nomeadamente com os projetos inscritos no centro de investigação.
  5. O programa deverá ter a duração mínima de um ano, devendo o investigador desenvolver o seu plano de trabalho na Faculdade de Psicologia por um período não inferior a seis meses.
  1. No final do programa de pós-doutoramento é feita a respetiva avaliação qualitativa, através de um relatório final de atividades, acompanhado por parecer do supervisor, que será apreciado pelo conselho científico da Faculdade de Psicologia.
  2. A realização do programa de pós-doutoramento dá lugar à passagem de um certificado, emitido pela Faculdade de Psicologia.

1. No decurso do programa de pós-doutoramento, a Faculdade de Psicologia compromete-se a disponibilizar:

a) Espaço de trabalho no edifício da FP-IE;
b) Acesso à biblioteca e todos os seus recursos em condições similares às dos docentes e investigadores da Faculdade de Psicologia;
c) Acesso aos recursos informáticos (i.e. software, moodle) disponíveis para os docentes e investigadores da Faculdade de Psicologia;
d) Conta campus com acesso aos recursos digitais da UL (i.e. bases bibliográficas);
e) Integração nas listas de correio dos docentes e investigadores da Faculdade de Psicologia e da Universidade de Lisboa;

2. No decurso do programa de pós-doutoramento, o pós-doutor compromete-se a:

a) Integrar-se na comunidade académica da Faculdade de Psicologia, cumprindo as suas normas e dando o seu contributo ao desenvolvimento da atividade de ensino e investigação da mesma;
b) Incluir afiliação obrigatória à FPUL nos produtos realizados no âmbito do pós-doutoramento.

O presente regulamento entra em vigor a partir do ano letivo 2014-2015 e poderá ser revisto em cada ano letivo.

Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, 13 de novembro de 2014
O Presidente do Conselho Cientifico

Professor Doutor Leonel Garcia-Marques

Comissão de Ética e Deontologia

A Comissão de Ética e Deontologia é uma comissão especializada cujos membros são nomeados pelo Conselho Cientifico e que tem por objetivo assegurar que todas as investigações efetuadas na faculdade, tanto por professores como por alunos, sigam as regras deontológicas das ciências psicológicas.

COMISSÃO DE ÉTICA E DEONTOLOGIA

Doutora Maria Odília Teixeira – Presidente

Doutora Ana Catarina Nunes Silva
Doutora Tânia Fernandes
Doutor Manuel Rafael

A Comissão de Ética e Deontologia da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa é constituída por quatro professores ou investigadores doutorados da Faculdade de Psicologia, um deles o Presidente, integrando membros de diferentes áreas de investigação. Os membros reúnem mensalmente, durante o ano escolar, em datas anunciadas previamente. Em circunstâncias que o justifiquem, podem ser convidados a participar nas reuniões da Comissão de Ética e Deontologia da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa elementos externos à Comissão, designadamente especialistas em áreas específicas.

A Comissão de Ética e Deontologia da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa guia-se pelos seguintes princípios:

1. Os investigadores asseguram que as suas investigações, com tudo aquilo que comportam, não causam danos físicos e/ou psicológicos aos participantes nas mesmas.

2. Os investigadores avaliam os potenciais riscos para o participante antes de decidir pela realização de uma investigação. Os investigadores procuram identificar potenciais riscos para a saúde, bem-estar, valores ou dignidade do participante e eliminá-los ou minimizá-los. Sempre que uma avaliação preliminar das consequências da investigação leve a esperar que dela possam advir danos físicos e/ou psicológicos para os participantes, a sua realização ou não deve ser devidamente considerada. Potenciais riscos e benefícios são comunicados adequadamente aos participantes.

3. Ninguém pode ser obrigado ou coagido a participar numa investigação. Para este efeito, os investigadores obtêm consentimento dos seus participantes. Em contexto académico, em que a participação em investigações constitui muitas vezes requisito de frequência ou elemento de avaliação, devem ser apresentadas alternativas à participação. Qualquer compensação, monetária ou outra, não pode constituir um estímulo que leve o participante a ignorar riscos eventuais da sua participação.

4. Os investigadores fornecem aos participantes a informação necessária sobre a investigação que permita aos mesmos uma decisão informada quanto aos potenciais riscos e benefícios de participar, e quanto às características gerais da sua participação.

5. Especial atenção deve ser dada aos casos em que os participantes não têm capacidade para dar consentimento informado e voluntário pelo facto de a sua auto-determinação ser limitada. Nestes casos, os investigadores obtêm consentimento de outros que assegurem os seus direitos, nomeadamente os seus representantes legais. Todavia, a manifestação de recusa por parte do participante pode ser impeditiva da sua participação.

6. Os investigadores só recolhem os dados pessoais estritamente necessários à realização das investigações e os mesmos são mantidos confidenciais. A informação que identifique de forma única os participantes é mantida apenas enquanto for necessária, tornando-se o mais rapidamente possível em dados anónimos. Eventuais limitações à confidencialidade regem-se pelos mesmos princípios específicos relativos a outras áreas da prática psicológica.

7. Dados os riscos potenciais acrescidos dos procedimentos de engano intencional (deception) para os participantes, a sua utilização em investigação será limitada a uma situação em que tenha justificação significativa e fundamentada cientificamente e quando outras alternativas que não envolvem engano não possam ser utilizadas para o mesmo objectivo.

8. Os investigadores oferecem aos participantes a oportunidade de obter informação apropriada sobre os objectivos, resultados e conclusões da investigação, devendo ser disponibilizado um contacto do investigador não só para esclarecimento de eventuais dúvidas, mas também para ser fornecido, após o estudo, o relatório síntese dos principais resultados em linguagem não técnica. Esta fase pós-investigação serve também para monitorizar e corrigir eventuais efeitos adversos não antecipados subjacentes à realização da investigação. A existência de um esclarecimento pós-investigação não serve de justificação para danos causados durante a investigação, nomeadamente para danos previsíveis de uma avaliação preliminar. O esclarecimento pós-investigação é obrigatório quando o engano fizer parte do procedimento.

9. Os investigadores que supervisionam projectos de investigação realizados pelos alunos são responsáveis por garantir que estes protegem adequadamente a saúde, bem-estar, valores ou dignidade dos participantes nestas investigações

10. Na investigação com animais os investigadores asseguram que o seu tratamento durante a investigação é realizado de modo a proporcionar-lhes condições de vida adequadas e a evitar serem submetidos a sofrimento desnecessário.

Pode ser investigador proponente, um professor ou investigador da Faculdade de Psicologia, ou um estudante/investigador (mestrado, doutoramento, pós-doutoramento) desde que a proposta seja supervisionada por um professor ou investigador da Faculdade de Psicologia. Neste último caso, a proposta de investigação deverá ser aprovada e subscrita pelo supervisor antes de esta ser submetida à Comissão de Ética e Deontologia da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa.

Qualquer proposta de investigação deve ser submetida à Comissão de Ética e Deontologia antes do início do trabalho de campo.

O/A proponente deverá enviar aos membros da Comissão, com antecedência, toda a informação necessária relativamente ao projecto que vai ser alvo de apreciação, especificamente, o “Requerimento de Aprovação de Projecto de Investigação” e todos os anexos necessários com a informação adicional necessária para a avaliação dos aspectos deontológicos do projecto.

Alerta-se para que, na informação sobre o estudo apresentado ao participante, e no consentimento informado, para além de outra informação relevante, deverá ser sempre especificado o nome do investigador e da instituição, o nome do supervisor, o objectivo do estudo, o que é esperado do participante, o tempo previsto para a realização da tarefa, a possibilidade de desistência, o contacto do investigador e a possibilidade de receber informação pós-estudo.

A Comissão de Ética e Deontologia da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa avaliará se, no estudo proposto, existe algo que possa provocar algum dano aos participantes, pelo que, se tal acontecer, caber-lhe-á apreciar se o risco deste dano se situa a um nível mínimo, compatível com a prossecução do estudo, e se os benefícios antecipados justificam a exposição do sujeito a esse dano. Consequentemente, a informação adicional a incluir será ainda importante para que a apreciação seja a mais rigorosa possível.

É de toda a conveniência que os/as proponentes tenham em consideração que, se estiver definido um prazo específico para o início da investigação, a submissão do projecto à CD deverá ser feita atempadamente de modo a viabilizar a obtenção do parecer em tempo útil.

O envio do material deverá ser feito exclusivamente em formato digital para o email deontologia@fp.ul.pt, devendo incluir uma assinatura legal.

As submissões são distribuídas pelos membros da Comissão que preparam a avaliação e a decisão para a reunião da Comissão de Ética e Deontologia da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa e poderão contactar os/as proponentes para esclarecimentos antes da reunião.

A Comissão de Ética e Deontologia da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa aprova, rejeita, ou estabelece condições para a aprovação, em termos de princípios deontológicos, dos projectos de investigação submetidos, tendo em consideração o Código Deontológico dos Psicólogos Portugueses (DR, 2ª Série, Nº 78, de 20 de Abril de 2011) e as normas deontológicas para a investigação definidas pela APA (American Psychological Association (2002). Ethical principles of psychologists and code of conduct. American Psychologist, 57, 1060-1073; American Psychological Association (2010). 2010 Amendments to the 2002 “Ethical principles of psychologists and code of conduct”. American Psychologist, 65, 493).

Na maioria dos casos os benefícios da investigação específica são evidentes (mesmo que modestos) e o risco (se existir) é tão diminuto que a aprovação não suscita dúvidas. Contudo, à medida que aumenta o risco de dano para o/a participante a Comissão terá uma preocupação acrescida em avaliar a probabilidade de benefício significativo que decorrerá da investigação,

nomeadamente que o conhecimento procurado é importante para alguém para além do investigador e que o estudo está adequadamente concebido para o atingir.

Neste sentido, as investigações em que pareça não existir qualquer risco ou dano para os/as participantes serão aprovadas através de uma avaliação expedita. Nos outros casos as propostas serão alvo de avaliação aprofundada. O facto de a avaliação ser aprofundada não significa menor probabilidade de aprovação, reflectindo apenas a natureza dos potenciais riscos da investigação.

Sempre que se justificar, a Comissão solicitará esclarecimentos adicionais sobre um projecto, podendo fazê-lo presencialmente se assim o entender.

A Comissão de Ética e Deontologia da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa abster-se-á de julgar o mérito científico dos projectos submetidos, cingindo-se a avaliação apenas em termos do cumprimento de princípios deontológicos.

Os membros da Comissão não poderão participar na aprovação dos projectos em que estão envolvidos.

No final das reuniões é lavrada uma ata que dá conta das decisões da Comissão. Caso a decisão seja desfavorável ou pendente, os proponentes deverão realizar as reformulações necessárias e resubmetê-las para avaliação da comissão.

Apresenta-se a seguir um quadro (Quadro 1) com uma listagem indicativa dos tipos de investigação que requerem uma avaliação aprofundada ou expedita em função do risco implicado para os/as participantes, considerando-se como risco não apenas aquele que acarreta dano físico óbvio, mas também o que remete para aspectos menos óbvios como, por exemplo, a confidencialidade dos dados, possível stress para os/as participantes, dano potencial para a reputação ou para as relações pessoais do indivíduo. Naturalmente que o facto de um projecto não acarretar risco aparente para os/as participantes da investigação não iliba os investigadores das suas responsabilidades para com eles, assegurando que não experimentem qualquer dano em relação a si próprios ou aos seus legítimos interesses.

A informação que consta do Quadro 1 foi adaptada de “Guidelines for Determining the Need for Committee Review” da Faculty of Arts and Sciences, Harvard College.

Quadro 1 – Orientações para a Avaliação de Projectos por parte da CD-FPUL


Investigação por Inquérito e Entrevista

Questionários ou entrevistas em que o/a Investigador(a)  não manipula o comportamento dos/das Participantes nem usa o engano intencional (deception). Os dados podem ser recolhidos com ou sem a identificação do/da Participante; se possível, as respostas devem ser anónimas (ou os dados de identificação não devem ser recolhidos ao mesmo tempo que as respostas dos/das Participantes)

Requer Avaliação Aprofundada da Comissão de Ética e Deontologia da FP

  • Os/As Participantes são menores ou adultos não competentes para facultar o consentimento, ou são pacientes.
  • A investigação lida com “assuntos sensíveis”.
  • Os dados de identificação são registados ou agregados aos dados recolhidos.
  • . Os/As Participantes são gravados/as em áudio ou vídeo (com o seu conhecimento e consentimento).

Requer Avaliação Expedita da Comissão de Ética e Deontologia da FP

  • Os/As Participantes são adultos competentes, não há dados de identificação registados com os dados recolhidos ou a eles associados, e o inquérito não lida com “assuntos sensíveis”(actividades ilegais ou imorais, comportamento sexual ou qualquer informação que, se conhecida fora do contexto da investigação, possa lesar a reputação do/da Participante, ou os seus direitos legais ou sociais, ou a sua empregabilidade).

Investigação de Observação

Investigação em que o/a Investigador(a)  observa, e eventualmente regista, o comportamento público e privado. Pode incluir interacção com Participantes (como no caso de estudos de observação participante). A identificação dos/das Participantes pode ser ou não registada.

Requer Avaliação Aprofundada da Comissão de Ética e Deontologia da FP

  • O/A Investigador(a)  interage com o/a Participantes e/ou manipula o seu comportamento.
  • A observação tem lugar num lugar privado, ou num lugar em que o/a Participante crê não estar a ser observado/a.
  • O comportamento do/da Participante é gravado em áudio ou vídeo.
  • A investigação envolve observação participada ou outro trabalho de campo antropológico.

Requer Avaliação Expedita da Comissão de Ética e Deontologia da FP

  • O/A Investigador(a)  não interage com os/as Participantes nem manipula os seus comportamentos, a observação ocorre num lugar público, e a identidade do/da Participantes não é registada ou associada de qualquer outra forma aos dados.

Revisão de Registos Existentes

Dados recolhidos por outro/a Investigador(a)  ou instituição, os quais vão ser estudados de novo ou reanalisados. A identificação dos/das Participantes pode estar ou não associada aos dados. É útil conhecer quais as circunstâncias em que os dados foram originalmente recolhidos, ou seja, se os/as Participantes compreenderam o uso futuro que podem ter as informações de identificação prestadas.

Requer Avaliação Aprofundada da Comissão de Ética e Deontologia da FP

  • Análise dos dados ou registos existentes em que a identificação está associada.
  • Estudos de follow-up em que os/as Participantes são contactados/as e novos dados são recolhidos para serem relacionados com os dados existentes (considerações adicionais podem ser aplicadas se os/as Participantes não estão a contar com um follow-up).

Requer Avaliação Expedita da Comissão de Ética e Deontologia da FP

  • Revisão ou reanálise dos dados recolhidos previamente em relação aos quais todos os dados de identificação tinham sido removidos
  • Revisão de registos públicos disponíveis como os dados dos censos.

Estudo de Caso

Investigação em que são recolhidos dados em profundidade sobre um/uma ou mais Participantes para efeitos de análise com vista a produzir conhecimento generalizável

Requer Avaliação Aprofundada da Comissão de Ética e Deontologia da FP

  • A investigação envolve dados sensíveis.
  • A identificação do/da Participante pode ser determinada a partir de informação no relatório da pesquisa. Contudo, “alguns estudos de narrativas ou biográficos com adultos, em que não há a intenção de produzir conhecimento generalizável, não devem ser considerados ‘investigação envolvendo participantes humanos’, mesmo que os sujeitos estejam claramente identificados”.

Requer Avaliação Expedita da Comissão de Ética e Deontologia da FP

  • Investigação em que não são recolhidos dados sensíveis e em que a identificação do/da Participante está “protegida”nos relatórios de investigação.

Investigação Envolvendo Engano Intencional (Deception)

O engano intencional inclui não só o facultar aos/às Participantes informação falsa ou enganosa, antes ou durante a investigação, mas também omitir informação que pode ser relevante para a decisão dos/das P acerca da sua participação, ou acerca de acções no contexto da investigação. A investigação que implica engano intencional só será aprovada quando: (a) a revelação prévia possa prejudicar a validade científica do estudo, de tal modo que a investigação não pode ser conduzida sem o recurso a engano; (b) a informação omitida não afecte a decisão de participação por parte dos/das P; (c) logo que possível, os/as P sejam totalmente informados/as acerca da situação de engano. Uma explicação prévia dos riscos não pode ser omitida.

O engano intencional deve ser distinguido de informação prévia incompleta das hipóteses experimentais; em alguns casos a informação é omitida aos/às P para evitar prejudicar as suas respostas ou acções durante o decorrer de uma experiência. Se vai haver omissão de informação isto deve ser explicado à Comissão aquando da submissão do projecto.

Reuniões da Comissão de Deontologia 2023/2024

21 SET 2023

21 SET 2023

Prazo de submissão dos RAPI e documentos complementares:
8 SET 2023

19 OUT 2023

19 OUT 2023

Prazo de submissão dos RAPI e documentos complementares:
6 OUT 2023

23 NOV 2023

23 NOV 2023

Prazo de submissão dos RAPI e documentos complementares:
10 NOV 2023

21 DEZ 2023

21 DEZ 2023

Prazo de submissão dos RAPI e documentos complementares:
7 DEZ 2023

18 JAN 2024

18 JAN 2024

Prazo de submissão dos RAPI e documentos complementares:
5 JAN 2024

22 FEV 2024

22 FEV 2024

Prazo de submissão dos RAPI e documentos complementares:
9 FEV 2024

21 MAR 2024

21 MAR 2024

Prazo de submissão dos RAPI e documentos complementares:
8 MAR 2024

18 ABR 2024

18 ABR 2024

Prazo de submissão dos RAPI e documentos complementares:
5 ABR 2024

23 MAI 2024

23 MAI 2024

Prazo de submissão dos RAPI e documentos complementares:
10 MAI 2024

20 JUN 2024

20 JUN 2024

Prazo de submissão dos RAPI e documentos complementares:
7 JUN 2024

25 JUL 2024

25 JUL 2024

Prazo de submissão dos RAPI e documentos complementares:
12 JUL 2024

Recursos

Laboratório EEG

O laboratório de eletroencefalograma (EEG) possui um sistema Biosemi, Active Two EEG com 64 canais. Diferentes tamanhos de tampas de EEG estão disponíveis para a colocação de eletrodos (52-56cm e 56-60cm), de acordo com o sistema internacional 10-20. O laboratório consiste em uma sala de observação para o pesquisador e uma sala de gravação para o participante, com condições acústicas e elétricas adequadas. O laboratório está equipado com software de apresentação de estímulos e registro comportamental de dados em sincronização com o registro de dados EEG, incluindo o software Presentation e Eprime. Para o processamento e análise de dados de EEG, o laboratório possui o software Matlab para uso com FieldTrip e SPM. A maioria dos estudos utiliza o potencial relacionado ao evento (ERPs), com gravação simultânea de EEG e dados comportamentais. Esses estudos estão incluídos em vários projetos de pesquisa, com foco em mecanismos neurais associados a diferentes processos cognitivos e diferentes populações (adultos saudáveis, crianças, populações clínicas).
O Laboratório de Voz, Afeto e Fala possui um equipamento de EEG semelhante ao Laboratório de Eletroencefalograma, complementado por uma cabine com som e isolamento eletromagnético, que permite experimentos com estímulos auditivos.

Laboratório de Psicologia Experimental

O Laboratório de Psicologia Experimental desenvolve projetos de pesquisa nas áreas de memória, linguagem, leitura, aprendizagem, cognição social, entre outras. O laboratório consiste em duas salas com 10 computadores, cada uma delas permitindo a coleta de dados comportamentais simultaneamente de vários participantes, e duas salas de teste individuais. Todos os computadores estão equipados com software de apresentação de estímulos (visual e auditivo) e coleta de dados comportamentais (resposta motora e voz). O software disponível inclui Eprime, Matlab, Superlab, Presentation e Open Sesame. Este laboratório também possui um estúdio de gravação de áudio anecóico com equipamento e software para gravação e edição de estímulos linguísticos e duas outras salas semi-anecóicas, utilizadas principalmente em estudos psicolinguísticos.

Laboratório de Eye Tracking

O laboratório está equipado com um equipamento de rastreamento ocular dedicado à pesquisa. O LiveTrack Lightning 500Hz fornece estimativas precisas e precisas da rotação dos olhos, coordenadas de Direção do olhar e tamanho da pupila. Ideal para pesquisa oculomotora; é fácil e rápido de configurar e calibrar. Registra métricas de sacada, observa exposições contingentes e monitora o comportamento do observador e a resposta do aluno durante experimentos de psicofísica visual e neurociência cognitiva.

Biblioteca de testes

A Biblioteca de testes reúne um conjunto de materiais de avaliação psicológica disponíveis para estudantes, professores, pesquisadores e funcionários do Serviço Comunitário. Possui um inventário diversificado de instrumentos de avaliação cognitivo-intelectual, incluindo baterias de teste de inteligência e memória, testes de organização perceptiva, estruturação espacial, desenvolvimento gráfico-motor e de lateralidade, habilidades cognitivas e de raciocínio, além de testes de personalidade e psicopatologia, incluindo testes de personalidade , psicopatologia clínica e inventários de personalidade, testes projetivos e escalas de auto-avaliação e hetero-avaliação para problemas específicos.

A Biblioteca de Testes, portanto, representa uma estrutura de apoio ao ensino e à pesquisa no FPUL, e rege-se de acordo com um regulamento alinhado ao Código de Ética da Ordem dos Psicólogos Portugueses, cumprindo as regras éticas e deontológicas subjacentes ao uso e estudo da psicologia. testes.

Qualtrics

O Qualtrics é uma ferramenta de pesquisa baseada na Web simples de usar para realizar pesquisas, avaliações e outras atividades de coleta de dados. Qualquer pessoa (sem experiência) pode usar esse pacote de pesquisa para criar pesquisas, enviar pesquisas e analisar respostas – tudo a partir de qualquer local online, a qualquer momento.

O Qualtrics está disponível para estudantes, professores, pesquisadores e funcionários do FPUL e constitui uma estrutura para apoiar o ensino e a pesquisa no FPUL.

Ressonância Magnética (RM)

A Sociedade Portuguesa de Ressonância Magnética, no Hospital da Cruz Vermelha Portuguesa, em Lisboa, possui um sistema Philips 3-Tesla (Philips Medical Systems) que permite a aquisição de dados estruturais, funcionais e de imagem por difusão (DTI), com suporte técnico de médicos e radiologistas .

Transferência de Conhecimento

A FPUL contribui ativamente para uma sociedade baseada no conhecimento, através da promoção e participação em atividades de alcance nacional e local.

Através da investigação científica realizada, a FPUL influencia políticas públicas (por exemplo, estratégias educacionais para instrução de alfabetização; práticas de trabalho para promover o bem-estar dos funcionários), auxilia a prática clínica (por exemplo, desenvolvimento de ferramentas de intervenção diagnóstico e baseada em evidências) e aprimora o diálogo entre a academia, as partes interessadas e a sociedade. 

Avaliação de Riscos Psicossociais no Grupo EDP

Projeto coordenado por Maria José Chambel

O objetivo global deste projeto prende-se com o conhecimento da realidade específica dos trabalhadores das diferentes empresas que constituem o Grupo EDP. Através da análise das perceções destes trabalhadores, pretendemos identificar e investigar quais os fatores associados ao aparecimento, quer de stress, quer de bem-estar e, igualmente, o estabelecimento de guias de intervenção para a construção de um contexto de trabalho mais saudável e satisfatório.

Foi construído um questionário para avaliar os riscos psicossociais no grupo, existindo escalas específicas adaptadas à realidade de cada empresa. O questionário foi validado pelos responsáveis de Recursos Humanos e de Segurança de cada empresa e todos os trabalhadores foram convidados a participar. Obtivemos 3819 respostas, representando mais de 60% da população.

Os resultados do estudo e avaliação dos riscos psicossociais no Grupo EDP resultaram num relatório com os resultados globais do Grupo, apresentado à Administração. Foram ainda elaborados seis relatórios individuais, um para cada empresa, focados nas suas especificidades, e um relatório comum consolidado das empresas cuja dimensão em número de trabalhadores não permitiu que fossem individualizadas.

Os relatórios foram apresentados às direções de Recursos Humanos e áreas de Segurança de cada uma das empresas, tendo sido também apresentadas as propostas de intervenção. A ideia foi apresentar os resultados de cada empresa e enquadrá-los no resultado de Grupo, e depois estabelecer planos de ação em conjunto com elas, no sentido de alavancar aquilo que foi detetado como potencial de melhoria.

Bem-estar dos Operadores e Supervisores de Contact Center e de Lojas na Empresa Randstad

Projeto realizado por: Maria José Chambel (coordenadora), Filipa Castanheira (Universidade Nova de Lisboa) & Filipa Sobral (Universidade Católica Portuguesa)

O objetivo global deste projeto prende-se com o conhecimento da realidade especifica dos trabalhadores de contact center, e de loja, geridos pela empresa Randstad em modelo de Outsourcing.

Foi construído um questionário para avaliar a motivação, as caraterísticas do trabalho, o suporte da chefia, dos colegas e da empresa, o compromisso e o bem-estar dos profissionais.  O questionário foi validado pelos responsáveis de Recursos Humanos da empresa e todos os trabalhadores foram convidados a participar. Obtivemos 3962 respostas nos contact center e 965 nas lojas, representando mais de 60% da população.

Os resultados do estudo resultaram em dois relatórios com os resultados globais de contact center e de lojas. Foram ainda elaborados sete relatórios individuais relativos a diferentes clientes de contact centre e três relatórios individuais relativos a diferentes clientes de lojas.

Os relatórios foram apresentados aos gestores de cada cliente na empresa quer na área de contact center quer das lojas. Salientou-se a necessidade da Randstad intervir no colmatar dos pontos mais frágeis da sua relação com os trabalhadores, por forma a garantir a promoção de um ambiente de trabalho saudável. Neste sentido, destacamos o facto de encontramos diferenças significativas nos resultados obtidos quer em diferentes empresas clientes quer em diferentes distritos, mostrando que trabalhar num contact center ou numa loja não é sempre o mesmo, nem inevitavelmente um trabalho com fracas condições que conduzem a uma situação de mal-estar e stress elevado.

Problem-solving in math trought self-regulated learning for primary education in the Lisbon area

Project coordinator Margarida Veiga Simão

This project intends to promote self-regulated learning strategies which facilitate problem-solving in 3rd and 4th grade primary school children. The intervention includes different autonomous classroom activities for students and teachers. As so, it focuses on the development of methodologies to teach problem-solving in math with the use of self-regulation strategies.

Accordingly, the students’ role is essential in setting goals and in designing plans to execute the tasks proposed by teachers. Considering self-regulation strategies enable students to take a more active role in problem-solving, this project proposes to develop a better understanding of the processes involved in self-regulated learning in these primary school children. Hence, self-regulated learning strategies are focused on with the students to improve the way they reflect on and solve the problems proposed by teachers. In view of this, different learning and teaching tools are being developed to promote learning strategies that stimulate autonomy skills in problem-solving in math.

A digital game called «A Festarola» is under development with the intention of facilitating students’ adherence to problem-solving exercises. The use of digital resources offers students an opportunity to experience different scenarios and strategy training in a more appealing and motivating way. This project is contributing to the development of students´ problem-solving strategies based on self-regulation of learning processes.

Estudo do Clima Organizacional e de Estado Social dos Colaboradores do Município de Lisboa

Project coordinator Luís Curral & Maria José Chambel

One of the topics that has the greatest number of studies in the literature on Psychology of Organizations has been the issue of quality of life at work. It is recognized that as work occupies an increasingly important dimension in people’s lives, their experience in this context has implications for their lives in general. According to this idea, the quality of life at work (QWL) movement of the 1970s was based on the principle that it was possible to structure work in order to improve motivation, the satisfaction of individuals and their well-being in this context and, consequently, improve their quality of life. This principle was concretely based on the development of a set of methods to make work more productive and more satisfying, such as problem solving in a participatory way, restructuring of work and enrichment of work.

The social and technological forces that motivated this movement are still present and reinforced by different characteristics of individuals, organizations and society in general. The general education of people has been increased, thus requiring individuals to work differently to allow them personal growth and not just a salary and material benefits. Managers, on the other hand, consider the satisfaction of individuals fundamental to exhibit a creative and innovative behavior, essential for the competitiveness of organizations.

The objectives of this study are in accordance with the principles of the QWL movement, which considered important to know the experiences of the individual in their work and its effects on their motivation or satisfaction and health, in relation to that same work.

We consider, like the structural perspective, that the characteristics of work and certain organizational conditions and practices are determinant of the attitudes that individuals have in relation to their work, as well as they can be factors with importance in the health and the general welfare of the individuals .
We studied the organizational climate, atitudes and values of the Camara Municipal de Lisboa workers in order to design HRM practices to enhance the welfare of those workers.

CriaTivo: Promoção de estratégias de autorregulação na escrita

Project coordinator Margarida Veiga Simão

O projeto, implementado nos anos letivos 2015/2016 e 2016/2017, envolveu 31 turmas do 3.o e 4.o ano de escolaridade de vários agrupamentos de escolas de Lisboa, estiveram envolvidos 673 alunos, destes 66 alunos com Necessidades Educativas Especiais.

Teve como objetivo potenciar a criatividade dos alunos, associando a dimensão lúdica e o processo de aprendizagem da escrita, motivan- do-os para o manuseio de uma ferramenta simples e útil como é a escrita.

Apresentamos aqui uma proposta para uma nova abordagem ao ensino da escrita enquanto intervenção desenhada para promover a autorregulação da escrita e, simultaneamente, a criatividade através da leitura, potencializando a melhoria do desempenho na escrita. Esta relação acontece através do recurso a um imaginário, que retoma a narração oral para ensino da escrita, e possibilita uma abordagem particularmente motivadora para os envolvidos que, assumem, eles próprios, um papel ativo na resolução dos desafios propostos.