LISTA U
Por uma Universidade pública, democrática e para tod@s

Cara(o) colega,

Inicia-se mais um ciclo de renovação dos órgãos de governo da Universidade de Lisboa.

Nesta grande casa de Ensino e de Investigação, somos trabalhadores não docentes e não investigadores. Talvez seja por isso que a nossa representação nos órgãos de governo seja tão diminuta. Porém, não ignoramos que a ULisboa depende da nossa presença, do nosso trabalho e do nosso empenho.

Não existiria sem nós, nas mais diversas funções que desempenhamos, da administração financeira com a enorme responsabilidade que acarreta, à gestão de recursos humanos, à realização de trabalho técnico e científico, à possibilitação das provas académicas, aulas e reuniões, à comunicação e divulgação no exterior, ao minucioso trabalho de biblioteca ou de índole jurídica, à gestão de projetos científicos, à manutenção de edifícios, equipamento, redes, espaços de fruição e de aprendizagem, cantinas e ginásios, museus, observatórios, enfim…

Se não somos nós o esqueleto deste grande organismo, quem será?!

Temos também consciência de que, desde que o RJIES entrou em vigor, a ULisboa e as suas escolas têm seguido uma trajetória de concentração de poder nas figuras do Reitor e dos Diretores. Mesmo os órgãos máximos de governo, o Conselho Geral e os Conselhos de Escola, têm visto as suas relevâncias diminuídas, de tal maneira que a imagem que conseguimos fazer deles é a de órgãos que se digladiam na altura da eleição do Reitor e dos Diretores e que, depois, pouca mais relevância têm do que aprovar as alterações estatutárias que as Direções e a Reitoria propõem.

A eleição dos nossos representantes, não docentes e não investigadores, é por isso, um ato de resistência.

Resistência à delapidação do património de democracia e liberdade que a Universidade guarda e que herdou de tantas lutas de estudantes, professores, funcionários, em tempos mais duros e perigosos que o nosso – lutando por mais representação, mais poder para os órgãos colegiais, mais relevância democrática e maior controlo dos executivos.

Resistência ao silenciamento de um corpo de trabalhadores cuja importância pode não ser visível, não fazer notícia, ou dar imagem, mas que é o suporte de todo o brilho e prestígio da UL –  lutando pela dignificação das carreiras, das funções, da imagem e do papel dos não-docentes.

Resistência ao isolamento, manifestando que somos um corpo coeso dentro da ULisboa que tem aspirações e vontades comuns – lutando por homogeneidade e justiça nos regulamentos de assiduidade, nas avaliações, na formação profissional e na ética e humanização das relações laborais.

Resistência à imposição de formas de trabalho injustas, à diminuição de pessoal e à externalização de serviços, ao acréscimo das cargas laborais para lá dos horários normais, às avaliações sem rigor ou cuidado, à desatenção aos trabalhadores mais idosos ou mais frágeis, à degradação das condições de trabalho, e mais recentemente às injustiças decorrentes do teletrabalho.

Por tudo isto, e no sentido da resistência e por uma ULisboa melhor, apelamos mais uma vez ao voto na Lista U!

Concorremos pela segunda vez ao Conselho Geral, mas temos um  património de experiência de participação, fundada em muitos atos eleitorais, na representação dos colegas em diversos órgãos, associações, sindicatos, presença ativa nos diversos serviços e escolas, perto dos trabalhadores de base e de há muito atentos às diversas realidades dos não docentes da UL.

Apresentamos listas U num grande número de escolas e articulamos todas as nossas candidaturas ao Senado e ao Conselho Geral, tendo por isso uma visão consolidada e geral da ULisboa e dos casos particulares de cada escola e serviço.

Temos a consciência das limitações da nossa representação nos órgãos, mas também dos limites que as nossas funções impõem ao desempenho dos cargos de representação tal como os idealizamos; por isso temos o apoio de grupos de trabalho compostos de colegas presentes nos serviços e temos a experiência e as redes de contatos que contrariam o isolamento e nos aproximam de todos.

Apelamos à participação de todos nos dias 3 e 4 de Maio!

Por uma Universidade pública, democrática e para tod@s,

Por uma representação diferente dos trabalhadores não-docentes,

Por uma prática de proximidade aos colegas durante os mandatos,

Vamos todos dar um sinal de que estamos presentes!

Vamos fazer ouvir a nossa voz!

Vota Lista U, nos dias 3 e 4 de Maio, para o Conselho Geral e para o Senado!

Lista U

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http://listau.fa.ulisboa.pt/index.php/senado/faculdade-de-ciencias